UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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Resumen
A geração de resíduos provenientes da indústria de fundição e da produção de arroz
presentes na região é de difícil descarte, podendo gerar problemas ambientais graves
quando descartados em locais impróprios devido aos compostos presentes nestes
materiais, que podem contaminar o solo e a água causando danos ao meio. Desta forma,
torna-se necessária a busca por métodos para utilizá-los de maneira produtiva,
minimizando os problemas causados pelos mesmos. Uma das formas de utilizar estes
materiais consiste em adicionar resíduos de fundição e sílica ativa na confecção de
concretos em substituição a areia natural normal e ao cimento Portland CP V-ARI. Foram
realizados ensaios pilotos de trabalhabilidade, onde foram utilizadas substituições de
cinza de casca de arroz em substituição ao cimento e a areia de fundição em relação a
areia natural normal em limites superiores aos usuais. O objetivo dessa grande
substituição foi verificar a viabilidade de agregar grandes volumes de resíduo ao concreto
e verificar o desempenho do mesmo. Com isso, foram moldados os corpos de prova com
o traço de referência na proporção (1: 2,18: 2,82) (cimento: areia: brita) e os traços com
substituição parcial do cimento por cinza de casca de arroz (CCA) em teores de 10%,
15%, 20% e 25% e da areia natural por resíduo de fundição em teores de 20%, 30%, 40%
e 50%, avaliando suas propriedades de resistência. Tendo um total de 9 corpos de prova
para cada traço. Sendo que para o ensaio de resistência a compressão, foram rompidos
aos 3, 28 e 91 dias. O objetivo desta substituição foi verificar a viabilidade de agregar
grandes volumes de resíduos ao concreto e verificar o desempenho do mesmo. Para o
traço de referência com fator água/cimento (a/c) 0,4, foi obtido uma resistência aos 91
dias de 61,37 MPa, fez-se uma comparação com os traços da areia verde TC10 AV20
(10% de cinza de casca de arroz e 20% de areia verde), com fator a/c 0,4, onde a
resistência obtida foi de 60,26 MPa aos 91 dias e com o traço da areia de fundição fenólica
TC25 AF50 (25% de cinza de casca de arroz e 50% de areia de fundição) de mesmo fator
a/c, obteve-se uma resistência 68,69 MPa aos 91 dias. Após isso, comparou-se o traço de
referência com fator (a/c) 0,5, onde foi obtido uma resistência aos 91 dias de 46,99 MPa,
fez-se uma comparação com os traços da areia verde TC10 AV20, com fator a/c 0,5, onde
a resistência obtida foi de 46,78 MPa aos 91 dias e com o traço da areia de fundição
fenólica TC10 AF20 de mesmo fator a/c, obteve-se uma resistência 52,00 MPa aos 91
dias. Por último, fez-se a comparação do traço de referência com fator (a/c) 0,6, onde foi
obtido uma resistência aos 91 dias de 39,01 MPa, fez-se uma comparação com os traços
da areia verde TC10 AV20, com fator a/c 0,6, onde a resistência obtida foi de 43,10 MPa
aos 91 dias e com o traço da areia de fundição fenólica TC20 AF40 de mesmo fator a/c,
obteve-se uma resistência 47,01 MPa aos 91 dias. Portanto, como pode ser observado, os
traços que utilizaram a substituição parcial de materiais por (CCA) e areia de fundição
fenólica apresentaram maiores resistências, em todos os casos, superando inclusive a
resistência do traço de referência adotado. Para os resultados obtidos neste relatório,
verifica-se que os tamanhos dos grãos influenciaram diretamente a resistência a
compressão. Como a (CCA) moída tem uma finura mais elevada e uma estrutura mais
amorfa, com maior pozolanicidade e reatividade química, melhora-se o desempenho de
concretos principalmente das propriedades mecânicas a partir da microestrutura mais
homogênea e compacta.
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